domingo, 20 de janeiro de 2013

O poder da ousadia

Queridos "Cerejinhas" e "Sundaes".

Assisti dois filmes que me motivaram a postar sobre o assunto: OUSADIA.
Fui pouco- leia-se, quase nada- ousada na infância e, aos poucos, com o passar dos anos, descobri o poder da ousadia.
Sim, quem a detém tem o poder. Um poder quase absoluto, que é capaz de girar o mundo nas próprias mãos, como se fosse um peão.
Deixe-me explicar o ponto nodal da questão: quando se é ousado, traz-se à luz a IMPREVISIBILIDADE. Juntas elas são nitroglicerina pura! Pena que poucos reconheçam isso...
Eu levei anos, que se arrastaram como séculos, para observar o que vocês dirão, neste momento, óbvio!
Claro que o é. Assim é o mundo! O óbvio nunca é visto de primeira e ficamos presos às teias do sistema.
Há pouquíssimos dias, durante uma visita, discutíamos sobre a quebra do "sistema" e o meu interlocutor  recusava-se a achar possível a quebra em si, porque os sistemas são, apenas, substituídos por outros. É verdade. Porém, não é absoluta!
Porque qualquer "sistema" é açoitado de dentro para fora. Quando a sociedade o externa, a grande massa já sentiu a sua necessidade e o ATIVOU. Daí termos o NOVO.
Simples, não?! Assim foram com todos os movimentos do mundo. Só para ilustrar,  durante e após a Segunda Guerra Mundial, houve um "baby boom", uma quantidade enorme de mulheres grávidas.
Por quê?! Pela necessidade do NOVO e o novo, naquele caso, era a VIDA.
O movimento "hippie", com o "faça amor, não faça guerra" e o " paz e amor" foram reações à guerra do Vietnã, que se arrastava em fracassos por parte dos que a alimentaram.
E o que veio depois? Os "Yuppies", na década de 80 com a incrível necessidade de ganhar fortunas, antes dos trinta anos. Por que seria???
Claro que os sistemas voltam a ser organizados. Mas sempre é bom sentir o frescor da novidade, mesmo que seja para declinarmos a "dança" e arranjarmos um novo "par".
Bom, e a ousadia, ? Onde entra nesta história toda?
É que estou enamorada por ela, por sair da "casinha", como costumo dizer e voltar ao meu sistema original, aquilo para o qual fui gerada. Ativei o meu chip central. Eu sou isso, NÃO quero aquilo e, maravilhosamente para os perversos que abundam no mundo: NÃO É NÃO! Sem mais, sem  explicações.
É o gado que levanta a cabeça e expande os horizontes. Já observaram os rebanhos?
Somos bem parecidos socialmente.
Levantemos as cabeças! Vejamos quão largo são os nossos ILIMITES!
Quanto de vida há para se viver e quanto de nós, da nossa ousadia e imprevisibilidade, se perdeu no caminho.
Em Búzios, no final do ano passado, me peguei pulando na piscina, como fazia na infância. Senti a dor da entrada na água quando não se mergulha e sim, se arremessa o corpo contra a água.
Fui passear de veleiro e subi/desci dele numa escadinha suspeita como mordomo em filme de terceira. Não pensei em tétano, que seria o meu normal.
Para os que não me conhecem, explico: leio bula de remédio e não perco uma reportagem sobre doenças. Hipocondríaca? Nunca.
Previdente. Por quê? Não confio em médicos e sempre é bom saber o suficiente para impresioná-los e fazê-los pensar sobre o seu REAL ESTADO DE SAÚDE.
Voltando ao assunto, hoje joguei fliperama/ Pinball pela primeira vez- " CONGO"- enquanto aguardava a sessão do cinema.
Joguei algumas vezes e me tornei ótima. Sou ávida por jogos!
Acabando o filme, corremos (o marido também adora!) para o local e, pasmem, após uma situação engraçada- para mim- desafiei um moleque de uns dez/doze anos para jogar. Estimulei o menino, mas ganhei!
O prazer de ganhar não foi nada, sinceramente, porque o que eu gosto é da fronteira transposta. Muito bom MESMO foi ter desafiado um moleque de doze anos- e o amigo dele- como se EU tivesse doze anos.
Sendo que, nos meu doze anos, eu JAMAIS teria esta OUSADIA. E era mal vista a menina que frequentasse esses lugares.
E foi tudo repentino. Tanto que o meu marido levou um jantar inteirinho para absorver a situação. Ele foi um espectador de uma mulher a qual AINDA não havia sido apresentado totalmente.
Não nesse nível de ousadia e imprevisibilidade!
E eu, sem qualquer orgulho, me senti eu mesma, plena, satisfeita. Ou talvez a minha criança interior tenha tido espaço na minha vida novamente e, como qualquer criança, tenha soltado uma gargalhada gostosa, lambuzada com pirulitos e balinhas de todos os sabores, reverberando pela minha alma.
E foi bom. E será MELHOR!
Que a ousadia nos guie, criando novos sistemas e tendo a coragem de quebrá-los, sempre que for necessário. Ao menos para nós!
Beijos indecorasamente infantis a todos,
para as crianças que habitam cada um de vocês, esperando apenas por um pouco de
                              O  U   S  A  D  I  A!!!!
Adri.
Ou : Zilda, Edwiges, Verônica, Ana Claúdia, Marli, Alba Valéria.
Marias: dos Prazeres, de Fátima, Lúcia, Cláudia, Elisabete, José.
Carminda, Vanessa, Isabella, Jandira, Cátia, Cristina, Claúdia Valéria, Karine, Kamila, Carol, Tereza, Patrícia, Betina, Tereza Cristina, Gilda, Luana, Ana Paula, Elis e todas as mulheres que, de alguma forma, habitam em mim.


4 comentários:

  1. Amei!!! Henrique, ser surpreendido por esse mulherão é divino!!! Adri, vc é única!!! Bjs.

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  2. Valeu, Carol!
    Bom mesmo é ter amigas como você!!!
    Beijos,
    Adri.

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  3. Henrique, você é um sortudo por ter uma mulher que se renova a cada desafio! É isso aí Adriana, "viver e não ter a vergonha de ser feliz!". AMEI!

    Beijos

    Lúcia

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  4. Oi, prigã Lú!
    Valeu pelo elogio e por ser leitora assídua do site/blog.
    Viva a liberdade! Para todos nós!
    Beijos.
    Adri.
    Recomendo: www.protocoloeetiqueta.blogspot.com.br
    A Lúcia, além de prima amada, é EXCELENTE escritora.

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