domingo, 6 de dezembro de 2015

Libertem-se!

Minhas "Cerejinhas" e "Sundaes"
Ok, o mundo está difícil.
Estamos numa crise? SIM.
Falta tempo, estamos carentes, perdidos, cansados? SIM
Vamos reagir fortemente ao desânimo. É isso aí. Conclamo os meus leitores- eu já estou engajada no dia a dia- a sair deste marasmo de medo, aflição e desânimo.
Cruzes, parece que uma "fada marrom", como a da história infantil passou por tudo e deixou uma baba cósmica que grudou em tudo e todos.
Vamos lá! Levantem-se e caminhem. No início você nem vai saber para onde mas, depois de um tempinho curto, algo vai despertar o seu interesse e -tcham!- como num passe de mágica você larga a tal baba e começa a viver novamente. Pode ser um passeio simples pela sua quadra, em que você observa um cachorro lindo e um bebê feio- ou vice-versa- e se diverte com o que pensa sobre  o assunto. Pode ser uma promoção tipo black friday que você compra aquela roupitcha linda pela metade do dobro do preço que custava- boa esta, não é?!- ou mesmo o tropeção naquele amor que você implorava por acontecer.
Às vezes pode ser a balança da farmácia que disse, em tom festivo, que você está maravilhosa(o) ou aquele pedaço de quiche de bacalhau que, ai, ai, ai é de comer rezando no bistrô da rua ao lado.
Permita-se ser feliz!
Descobri que estamos com vergonha da felicidade e, muito, demasiadamente, presos às convenções, às selfies, a sei lá mais o quê.
Sejamos amorosos, entreguemos flores virtuais- enfim, é o que há- agradeçamos a chuva que nos pegou de surpresa e cada gota que escorre por nosso corpo. Pra quê correr?
Vamos comer bolo de cenoura, sentados no chão, com algum amigo que toca violão. Todos desafinando "Andanças", mas todos sorrindo em uníssono, olhando uns aos outros. Era o que fazíamos na Universidade- exceto pelo bolo de cenoura.
Vamos dançar sem motivo, de repente com a vassoura que varremos a casa. Vamos nos desfazer de tudo aquilo que não é usado mais, mesmo que seja novo. Se não usou, para quê guardar?
Desentoca o vestido que está lá, amargurado no fundo do armário e faz a felicidade de outra mulher, que chegará linda no pagode, requebrando até o chão. Seu vestido agradece.
Vamos voltar a andar descalços, mesmo que seja no Porcelanato. Vamos beber de gut-gut, como dizia a minha avó. 
Conclamo  uma revolução à libertação das crianças que estão cativas dentro de nós. Elas podem não ser vistas sempre, mas de vez em quando agradecem por uma pequena traquinagem: um reboladinho de parar o trânsito, aquele cheiro no cangote, o olhar que insinua tudo, os abraços de amigos que há muito não se veem ou mesmo o aperto de mãos que selam o fim de um mal entendido.
Nossas crianças agradecem desde já.
A minha está pulando aqui do lado, impedindo que eu durma mesmo sendo quatro da manhã. Fazer-se o quê? Ela ama a madrugada e ESTÁ EM FÉRIAS ESCOLARES!
Beijos para todas as suas crianças,
Caxuxinha- minha avó Vivi me chamava assim.

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