Este texto é, positivamente, um estilo pelo qual tenho muito respeito e nenhuma autoridade. No entanto, resolvi colocá-lo aqui, pois é minha reflexão sobre o amor.
Imperador meu.
A vida seria uma jornada sem apoios,
sem luzes, sem um palco para brilhar.
Se lá você não estivesse,
para me estender o seu amor, o seu olhar.
O amor, joia preciosa, tem de ser conquistado,
dia a dia, sem tréguas, sem receios.
Porque, raro encontrá-lo em toda uma vida,
Se formos açoitados por ele, deve-se a submissão,
como a de um servo ao seu imperador.
Sei que sobre ele muitos falaram e escreveram.
Músicas foram trilhas das histórias que fez nascer.
Mas nada, nada mesmo se compara,
ao amor que tenho por você!
Ave de rapina num sobrevoo certeiro e fatal.
Chegou mansamente ao meu coração,
posto que, para se viver um grande amor,
há que ser presa e jamais caçador.
Vale lembrar-lhe que sou sua cativa, de corpo e alma.
Sou escrava servil e obediente.
Porque o amor, para ser amor, tem de ser doce tempestade,
sutil e paciente.
Urge o tempo da gratidão, pois ao ingrato
o amor nada oferece.
Na sua dor silenciosa, aos prantos,
doente, ele fenece.
E assim, os que foram enamorados, se estranham,
se distanciam, pois o amor que antes os unia,
não mais faz morada naqueles corpos ou almas.
Deixou pegadas e uma sutil brisa,
que nem de longe se assemelha,
com a chama que em seus corpos ardia.
Mas o nosso, amor de tantos dias,
é chama vigorosa, é santo no espírito.
É insano e vigoroso. Brisa e tempestade.
O que nos une é único.
Feito a quatro mãos. Lapidado a dois corações.
Que aprenderam o ritmo em vários compassos.
Para que as noites se transformem em dias,
E os dias em eternidade.
Porque, apenas o amor verdadeiro, deixa-se desfalecer, cair e envolver.
Ser presa sem rancor.
Para se saber que vive um grande amor!
Beijos mil,
Adri.
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